terça-feira, 17 de maio de 2022

segunda-feira, 1 de março de 2021

duas voltas solares até o novo chegar

[inicio essa escrita, quase que automática, ao som da sua voz, cantando uma música sua que não é sobre mim mas eu queria que fosse] 


me leve no seu novo lugar

cante no pé do meu ouvido todas as canções e dores que umd ia ficou por ai, perdida 

te vejo eomcionada com inumeras canções e te olho

te vejo sob a unica luz amarela da minha cama ou da minha sala

te vejo com olhos de quem ja sabe e de quem não sabe de nada. 

te enxergo enquanto você muda a forma que vc se mostra, que escreve e me conta ou nos conta 

ou me conta como quem nao quer falar 

te vejo tal qual olho pra um espelho e finalmente nos vejo. eu e você. separadas. tal qual harmonia e melodia, que são coisas diferentes mas confundidas, eu acho, aprendi esses dias. 

como você me olha, me vê, me percebe e me sonha 

eu te sonho 

eu te sonho em lugares 


[agora ja toca outra música, que me lembra nós duas] 

say my name hundred times.... 


encostadas 

corpo no corpo 

olho quase no olho 

boca quase na boca 

reconsideração no ato, ao vivo 

racionalização como quem não sente, como quem não olha e vê. como quem não sabe. 

vá mas vá sabendo que não tem volta

agora ou qualquer hora 

e sou vc agora e mais tarde 

eu sou voce me vendo no espelho, quase narcisista. me vejo e nao admito, é quase uma vergonha espelhada, d mim mesma, de quem ve o que nao é pra ser colocado, mas coloca, de quem acha que sabe ma snao. de quem imagina, mas nao viveu. 

você nao sabe de muita coisa. quase nada.



racionalizar qualquer coisa que eu sinta por voce qualquer relação é facil, ma agr depois de metade de uma volta solar, eu repenso sobre todas as perspectivas que nos circulam. não é facil. 

você foi uma conquista de anos, de quem não sabe, de quem não entende mais o que sente  e sinceramente nao sabe mais. é uma revelação de quem ja sabia que podia mas que nao tinha acontecido. de quem aind apercebe a primevera chegando e o inverno indo embora. sem querer que o frio invda a caixa toraxica e as pontas do corpo. sentindo desde ja um calafrio, como quem sente o calor se aproimando e nao entendendo como ele foi capaz de estar ali. completamente presente. 

fazedno presença 



[me perdoe a ortografia toda esculhambada, eu tava te olhando cantar]




quarta-feira, 1 de abril de 2020

Pedaços que nunca te mostrei



"eu me contorci de agonia no sofá da sua sala
você só viu uma vez."

"Deitamos de conchinha no tapete felpudo e fedorento da sua sala bagunçada de pinceis e madeiras. Seu braço direito dava a volta na minha cintura quase fina, de blusa na metade, se exibindo para que você esticasse o dedo e brincasse com meu umbigo. Sua perna fazia a curva junto com a minha, coladas, uma guiando a outra."

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

estamos separadas por 1827 km
indo pela BR-116,
que fica 1h mais perto do que pela BR-101


lembrar disso pra falar pro motorista pegar essa rota mais curta, mesmo que fiquem alguns pelo caminho porque a minha urgência em te ver não cabe na necessidade dos outros.

é
eu sei
egoísta
mas tudo bem,
ele nao vai por aí mesmo

soube que é um dia e meio de viagem,
mas como tudo q a gente quer demais nao vem do jeito q era p ser,
provavelmente vai tudo atrasar
e vou ter + tempo
de ficar ansiosa
até te ver




que é pra dar mais saudade


inadmissível
admitir
essa coisa aqui





essa grande coisa que cabe nas menores entrelinhas do maiores livros ja escritos na humanidade.
exagerada
hiperbólica





espaçosa




que a gente nao gosta de saber que ta na mira.


essa coisa agoniada que vive dentro
da minha camisa manchada
do meu peito recém pontuado
do meu tênia vermelho, sem meia, fedendo a chulé



que tem um nome mas eu
nao quero
nem gosto
de falar em voz alta
porque depois que a gente taca no mundo
as letras,
que juntas formam palavras,
q juntas formam frases,
ele entende como previsão ou desejo.



não sei se é assim pra todo mundo
 ou
só a menina que mora comigo que tem esse azar

mas seguro morreu de velho 


sei que parece a data limite
o fim do tunel
o fundo do poço
sem nenhuma luz no fim de nada
pra nem sequer fingir claridade ou calma.

cabeça de bicho é doidera
ninguém sabe quem mora por ali
ou que onibus permeia cada rua de neurônio
(às vezes incendiados)

quinta-feira, 14 de março de 2019

tenho perguntado constantemente
em quanto tempo
(+ -)
a gente deixa pra lá as coisas que a gente quer muito
mas que não vão acontecer

sinto cada vez menos saudades suas, menos quando te vejo

 é que você me fisga, sabe?

e minha mãe ja me dizia desde pequena: você vai morrer que nem peixe, minha filha,
pela boca.