da minha camisa manchada
do meu peito recém pontuado
do meu tênia vermelho, sem meia, fedendo a chulé
que tem um nome mas eu
nao quero
nem gosto
de falar em voz alta
porque depois que a gente taca no mundo
as letras,
que juntas formam palavras,
q juntas formam frases,
ele entende como previsão ou desejo.
não sei se é assim pra todo mundo
ou
só a menina que mora comigo que tem esse azar
mas seguro morreu de velho
sei que parece a data limite
o fim do tunel
o fundo do poço
sem nenhuma luz no fim de nada
pra nem sequer fingir claridade ou calma.
cabeça de bicho é doidera
ninguém sabe quem mora por ali
ou que onibus permeia cada rua de neurônio
(às vezes incendiados)
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