domingo, 15 de janeiro de 2017

Parapeito

Há cinco minutos eu estava na varanda do prédio da minha melhor amiga de infância. Onze anos de amizade mas não nos conhecemos.
Dou uma inclinada na beira, dou uma olhada no piso do térreo e em como eu ficaria bonita deitada de costas naquele chão. O gosto de ferro transbordava em cada poro da minha pele.
(a selvageria toma conta de mim)
A sensação de estar na ponta de um precipício me lembrou outros dias. No caso, ontem.
~ eu sou um monstro ~
(Desculpa, tava tocando Karina Buhr)
~ eu sou um mooooons ~
(A bateria desse cedê não aguentou)
Voltei pra sacada (que nunca foi varanda) e sentei no meio fio que aqueles três andares me davam.
Sorte ou azar, a sacada tinha tela de proteção para crianças.

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